sexta-feira, 18 de março de 2011

The Strokes - Angles

   Anunciado para o fim de março, Angles o novo albúm do Strokes, vazou antes da hora como todos os outros discos de todas as grandes bandas.
   Foram cinco longos anos sem nenhuma novidade e desde 2009 as espectativas para o novo lançamento só aumentaram, com periodicas noticias que davam conta de que o processo de composição estava em andamento. Durante este tempo todos os membros da banda tiveram seus projetos paralelos, Nicolai Fraiture, Nick Valensi e Albert Hammond Jr. ajudaram outras bandas e cuidaram de seus projetos solos, Fabrizio Moretti montou o ótimo Little Joy com Rodrigo Amarante e Binki Shapiro sua namorada, mas o grande trabalho foi o Phrazes for the Young do Julian Casablanca lançado no fim de 2009, começo de 2010 e para mim é um dos grandes albúns dos últimos anos.
   Angles é uma mistura de todas essas experiências, em alguns momentos chega até a ser confuso, mas ao final da primeira audição fica a certeza de um bom disco. Assim como no solo de Julian há muitos referencias oitentistas vide as canções Machu Picchu, Two Kinds of Happiness e Games, outras com pegada mais clássica como Gratisfaction, Call me Back já traz a mente o trabalho de Moretti, minha preferida é Under Cover of Darkness que é extremamente Strokes.
  O quarto trabalho dos Strokes é plural, repleto de referências, é bom, só não é o melhor.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Belas Artes

   Agora parece certo, apesar de várias tentativas de entendimento e novas datas para entrega do prédio, André Sturm, diretor da Pandora Filmes e um dos sócios do Belas Artes, não conseguiu negociar um novo contrato com o proprietário do edifício Flavio Maluf .
  É muito difícil falar sobre algo que toca muito mais a emoção do que a razão, é claro que um prédio na esquina da Consolação com a Paulista é alvo de inumeras empresas, de porte colossal, com rios de dinheiro e possibilidades de lucro futuro absurdas. Tudo isso é verdade, mas dane-se, um dos grandes expoentes da cultura paulista não existirá mais, o melhor lugar para se ver cinema em SP também tem a melhor localização, um número grande de salas e a filosofia de trazer a tela grande, tudo que o cinema mundial oferece, sem privilegiar os "blockbusters", comtemplando um público que busca a arte e a informação, junto com o entretenimento.
   O Belas Artes é minha primeira referência quando penso em cinema, e se lá não tivesse assistido a Segunda Feira ao Sol, Elza e Fred, A Vida dos Outros, Brown Bunny...teria que lotéricamente esperar que eles surgissem na minha frente em dvd e portanto provavelmente não teria pegado gosto por cinema, não passaria madrugadas inteiras no Noitão, não passaria tardes inteiras acompanhando a mostras de cinema, não seria um chato em odiar cinemas de Shopping, meu pai não estaria louco da vida por eu ter estudado Produção Áudio Visual, teria outro ponto de encontro preferido com meus grandes amigos Vini, Vivi, Gabi, Ana e teria economizado muita grana.
   Nos últimos dias, já imaginando que seriam os últimos, fui alucinadamente a todas as sessões que o tempo e o dinheiro me possibilitaram, assisti a praticamente todos os filmes do oscar que haviam estreado, Inverno da Alma, Lixo Extraordinário, Biutiful, Discurso do rei, também vi outros menos premiados mas muito legais como, A Arvore, José e Pilar, finalmente assisti ao eternamente em cartaz Medos Privados em Lugares Públicos.
   Ainda vou tentar ver mais algum filme antes de fechar, agora é torcer para alguma mudança de última hora ou que pelo menos um novo lugar com as mesmas caracteristicas e boa localização seja encontrado.