quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SWU

No dia 9,10 e 11 de outubro aconteceu na fazenda Maeda em Itu o festival SWU, que tinha como frente o conceito de sustentabilidade.
Nos palcos espalhados pela fazenda aconteceram palestras, esposições e shows é claro. Estive lá no 1° dia com mais três amigos, eles estavam malucos para assistir Rage Against the Machine, eu também estava ,mas queria muito ver Mutantes, Los Hermanos e Mars Volta.
Fui de carona com o gente fina taxista Jorge, amigo de uma das meninas, nos levou até o começo da estrada de terra que levava para fazenda, depois dai era impossivel a locomoção que não fosse com os próprios pés. Andamos loucamente por uns 50 minutos e por isso infelizmente perdi a metade do show dos Mutantes, mas o pouco que vi foi muito bom. Ao fim deste show, fui público a dentro tentar ficar o mais próximo possivel do palco a minha direita ,onde aconteceria os shows dos Hermanos e do Rage.
Muito melhor posicionado acompanhei emocionado o lindo show feito por Camelo,Amarante,Barba e Medina ( o Indio, o Pimenta , o Bubu que estava parecendo Jesus Cristo), todos pareciam muito felizes, simpaticos e incrivelmente entrosados depois de tanto tempo sem tocarem juntos, é claro que ouveram alguns percalços, como uma letra esquecida ou uma nota errada, nada que as vozes de boa parte daquela gente não concertasse, eu fã inveterado da banda  cantei todas as músicas como se fosse a ultima vez a que as ouvisse ao vivo, como provavelmente foram, realmente inesquecivel. Marcelo Camelo tranparece boemia desde da face até a voz bem mais sofrida que a de outros tempos, Amarante é a simpatia, Medina e Barba são o equilibrio, dessa que é para mim a  banda brasileira  mais completa da última década.
Pós Hermanos me posicionei entre os dois palcos, porque não queria perder o show do Mars Volta. Meio de lado para o palco, vi muito mais o show pelo telão e que puta show ,ao contrário da maioria da galera que estava obcecada esperando pelo Rage, me permiti acompanhar com afinco o show dos caras. Foi sensacional , Cedric Bixler-Zavala cantava fino, dançava, usava uma bota prateada, era puro estilo, Omar Rodrigues-Lopes toca muita guitarra, é um absurdo, a banda inteira é absurda , foi uma legitima ópera-rock cheia de psicodelia, com músicas de 10,15,20 minutos para muitos foi chatisse, para mim foi demais.
O grande momento não demorou a chegar, mas enquanto não chegava logo vi que estava em uma bomba relógio, todos espremidos e com a adrenalina a mil. Logo vieram as sirenes e pensei "Porra Testify!!!",quando Tom Morello deu a primeira nota a bomba explodiu. Foram momentos surreais , talvez tenha ficado alguns segundos sem tocar o pé no chão, uma das minhas amigas perdeu os dois tênis, depois da terceira canção tentei me posicionar em um local mais tranquilo, só que este lugar não existia, portanto desencanei e sofri com algumas dolorosas consequências, o que não chega perto do sentimento de ver e ouvir ao vivo Guerrilla Radio, Bombtrack, Testify, Bulls on Parade, Freedom, Killing in the Name of, apesar das paralisações e problemas com o som ,o show foi INSANO em todos os sentidos.



Algumas horas para sair de lá, algumas dores na costela e uma sensação de que assisti 3 dos melhores shows da minha vida.

3 comentários:

  1. Fui no domingo assistir KOL,mas confesso de curti mais o Dave Mattews,queria muito ter ido sabado.

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  2. ah, queinvejaqueinvejaQUEINVEJA! (hehe)

    Muito muito bom o texto!

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  3. Concordo muito, estava me vendo lá, foi muito foda

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